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MRN recebe comunidades em suas operações
Iniciativa faz parte do Programa de Visitas e objetiva apresentar o fluxo sustentável da empresa na região, além de possibilitar o esclarecimento de dúvidas
Apresentar de maneira didática e transparente cada etapa do ciclo sustentável da mineração de bauxita. Esse é um dos objetivos do Programa de Visitas de Comunidades, promovido pela Mineração Rio do Norte (MRN). Durante a ida às instalações da empresa sediada no distrito de Porto Trombetas, município de Oriximiná, oeste do Pará, os comunitários têm a oportunidade de conhecer e tirar dúvidas sobre lavra, tecnologias empregadas no monitoramento de barragens e o reflorestamento em áreas mineradas.
“Essas visitas são realizadas mensalmente. Trazemos não apenas os comunitários vizinhos às nossas operações, mas também os familiares dos empregados. É um momento muito especial no qual eles podem ver e sentir o que fazemos aqui, entendendo todo nosso fluxo operacional e conhecendo de perto nossas práticas sustentáveis”, explica Jaiane Queiroz, analista de Comunicação e líder do Programa de Visitas com as Comunidades.
Na primeira visita de 2023, participaram as comunidades Alema e Cabeceira dos Claudios, ambas do município de Terra Santa. A pescadora Ariane Barbosa, da comunidade Cabeceira dos Claudios, conta que é a terceira vez que participa das visitas, mas destaca que a cada retorno é um novo aprendizado. “Nós sempre somos muito bem recebidos. Para mim, essa visita é muito importante porque mesmo já conhecendo alguns setores, foi a primeira vez que eu pude conhecer mais sobre o horto onde as árvores do reflorestamento vão sendo cuidadas, além da área de barragens que é algo que sempre temos dúvidas e nessa oportunidade de visita recebemos muitos esclarecimentos”, relatou Ariane.
Quem também se encantou com as mais de 620 mil mudas das 130 espécies distribuídas no Viveiro Florestal da empresa foi Zaira Malheiros, moradora da comunidade Alema. Ela diz que é importante entender como a bauxita é extraída e como é feito o reflorestamento. “Foi a área que eu mais gostei. Eu não sabia a maneira correta do plantio da castanha-do-pará, por exemplo, e todos ficaram muito atentos à explicação porque precisamos saber como cuidar da natureza”, destacou.
E foi nessa oportunidade que Francisco Ferreira, coordenador da comunidade Alema, conheceu de perto a sede da MRN. Ele contou que já tinha informações sobre a empresa por meio das reuniões prévias promovidas do Projeto Novas Minas (PNM), empreendimento de continuidade operacional da companhia em fase de licenciamento ambiental.
“É muito importante estarmos aqui porque podemos contar o que vimos para aqueles que ainda não vieram. Minha dúvida maior era sobre a floresta, em como ela retornaria ao mais próximo do que era. E no Viveiro Florestal entendemos como a empresa tem feito o reflorestamento na região. Muitas vezes eu posso não ver, mas meus filhos, meus netos no futuro verão”, relatou.
Transparência e Relacionamento
Há mais de 20 anos, a MRN promove o Programa de Visitas, uma iniciativa que busca fortalecer o relacionamento com comunidades quilombolas e ribeirinhas, além de reforçar a transparência e o compromisso da empresa com uma mineração sustentável. Durante as visitas, os comunitários recebem ainda, orientações quanto ao Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM).
“Nós acreditamos no poder e na força do diálogo e da transparência. Então nós estamos aqui para que as pessoas vejam e vivenciem tudo de perto. Percebam que estamos trabalhando aqui com segurança, integridade, responsabilidade e bastante focados na sustentabilidade. Nada é programado, as pessoas chegam e veem os empregados da MRN no dia a dia deles e a operação como ela é”, compartilha Karen Gatti, gerente geral de Comunicação da MRN.
Auditorias atestam compromisso da MRN com mineração sustentável
Resultados demonstram que a empresa tem atendido os requisitos normativos internacionais
A Mineração Rio do Norte (MRN) concluiu a auditoria de recertificação baseada nas normas ISO 14001, que envolve iniciativas de proteção ao meio ambiente e ISO 45001, que abrange segurança e saúde ocupacional dos empregados. O resultado demonstrou que a empresa atendeu os requisitos normativos, bem como os requisitos legais, recebendo assim a recomendação para a recertificação. O processo de auditoria independente foi realizado pelo organismo internacional de certificação Bureau Veritas Certification (BVC) e analisou a conformidade dos processos que compõe o escopo do Sistema Integrado de Gestão (SIG).
“É uma auditoria fundamental porque além de verificar essa conformidade do SIG em relação aos requisitos ambientais, de segurança e de saúde ocupacional estabelecidos, verifica ainda o atendimento aos requisitos legais aplicáveis, o desempenho do Sistema de Gestão da empresa e a identificação de potenciais melhorias”, explica Wvagno Ferreira, gerente geral de Desempenho e Risco.
Dentre os pontos destacados na auditoria de recertificação estão a participação elevada do nível gerencial, a organização e limpeza das oficinas de manutenção, a gestão adequada de resíduos industriais e o forte comprometimento com a preservação ambiental. Wvagno Ferreira destaca ainda que, nos últimos dois anos, a MRN implementou os critérios do Padrão de Performance desenvolvido pela Aluminium Stewardship Initiative (ASI), certificação voluntária da cadeia do alumínio, integrando os mesmos ao seu próprio sistema de gestão.
“Com essa integração, passamos a ter uma auditoria externa que é realizada pelos auditores credenciados da própria ASI o que comprova o desempenho da empresa e sua conformidade com os princípios ESG (Environmental, Social and Governance ou Ambiental, Social e Governança, em tradução livre), que também contempla o atendimento das normas ISO 14.001:2015 e ISO 45.001:2018”, aponta o gestor.
Primeiro embarque ASI-CoC
Além do resultado positivo da auditoria, a MRN também celebra a recertificação no padrão ASI Performance Standard e o reconhecimento no padrão de Cadeia de Custódia (CoC) da ASI, conquistado em fevereiro deste ano. O selo ASI-CoC estabelece requisitos para a manutenção de uma Cadeia de Custódia à cadeia do Alumínio que vai desde a extração da bauxita até o alumínio final.
A gerente do departamento de Vendas, Christiane Lisboa, ressalta que as certificações atestam o compromisso da MRN com a mineração sustentável e que o documento intitulado de Bauxite Certificate passa a ser enviado em todos os embarques de seus clientes também certificados no padrão ASI-CoC, atestando a origem do produto. “Por meio da certificação no padrão ASI-CoC, a empresa reforça seu compromisso com uma produção e fornecimento sustentáveis, seguindo os mais altos padrões internacionais e agregando valor à toda cadeia do alumínio.”
Projeto forma 135 comunitários em Oriximiná
Iniciativa, conduzida pela MRN em parceria com o CESI, é voltada para capacitação profissional e elevação escolar de comunidades quilombolas e ribeirinhas
Alegria e emoção marcaram a formatura dos alunos dos cursos ofertados pelo Projeto Educação Pelo Trombetas, conduzido pela Mineração Rio do Norte (MRN) em parceria com o Centro de Estudos Sociais Interestadual (CESI). A cerimônia foi realizada no Cineteatro de Porto Trombetas, município de Oriximiná, oeste do Pará. No total, 135 alunos dos cursos de Bombeiro Civil, Corte & Costura, Operador de equipamentos de mineração, Panificação e Vulcanização foram certificados.
O projeto começou a ser articulado em junho de 2022 e, desde o mês de agosto, já formou 19 profissionais de Solda e Vulcanização, 24 operadores de equipamentos de mineração e 32 bombeiros civis, somando 75 pessoas no total. Professor no curso de Bombeiro Civil, foi a primeira vez que João Paulo Souza atuou junto às comunidades como instrutor. Um desafio que ele se diz grato ao ver os alunos formados. “O que eu mais destaco na formação dos alunos é o trabalho em equipe, que é algo essencial para quem pretende atuar como bombeiro civil”, afirmou.
O sentimento de gratidão é compartilhado pela agricultora Telma Batista, que não escondeu a emoção ao presenciar a filha Laiane Ferreira recebendo a certificação. Segundo a mãe, os desafios não têm limitado as conquistas da filha que tem deficiência auditiva. “Por onde ela entra, ela luta e conquista os objetivos. E o fato de ela ser uma pessoa com deficiência não tem impedido que os sonhos dela também se concretizem. Minha filha já está no ensino superior, tira boas notas, então minha alegria é imensa”, relatou.
Da comunidade Lago do Ajudante, aos 25 anos, Laiane Ferreira está se graduando em Matemática. Fez o curso de Corte & Costura porque se diz muito interessada e pretende se aprofundar ainda mais na área. “Eu me sinto muito realizada por saber que minha deficiência não me impede de realizar o que quero. Minha mãe sempre acreditou que eu sou capaz de fazer qualquer coisa, de conquistar os meus sonhos”, disse.
Quem também prestigiou o evento foi o cacique geral da Aldeia Mapuera, Elizeu Rodrigues, da etnia Wai Wai. Além de compor a mesa da solenidade, ele parabenizou os familiares que receberam a certificação do curso de Bombeiro Civil. “Essa é uma grande vitória dos povos indígenas, que sempre têm lutado pela educação. Isso é muito importante para nós”, garantiu.
Voluntário do CESI, o professor e pesquisador Marcelino Conti participou da solenidade e destacou a importância dos cursos para transformar histórias em Oriximiná. “Com esse projeto, nós colocamos em prática a teoria da mudança, que sempre passa pela educação. Nós usamos o nosso jeito amazônida para agregar valor e transbordar prosperidade, porque os cursos proporcionam qualificação profissional, emprego, renda e dignidade para os nossos comunitários”, disse.
“Esse momento é muito especial e só foi possível pelo esforço e dedicação de cada um dos estudantes. É um momento muito importante, pois significa esperança para todos nós, em especial para a MRN porque o investimento em educação é um valor nesta empresa. Nós acreditamos que a educação transforma a vida das pessoas. Esse é o legado que a empresa vai deixar com a sua atividade aqui”, destacou Vladimir Moreira, diretor de Sustentabilidade e Jurídico da companhia.
Educação e Qualificação
O Projeto Educação Pelo Trombetas está organizado em três eixos de atuação. Na modalidade Elevação de Escolaridade, é ofertado um curso preparatório para o Exame Nacional de Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), destinado a estudantes e/ou trabalhadores que não concluíram o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. Já nas modalidades Cursos Livres e Formação e Qualificação Profissional, o objetivo é gerar renda, seja preparando as pessoas para vagas oferecidas pela MRN e empresas da região ou para terem seu próprio negócio.
Projeto solta cerca 80 mil filhotes de quelônios em Terra Santa e Oriximiná
Em 24 anos, iniciativa já devolveu 6 milhões de espécimes à natureza
Pouco a pouco, centenas de milhares de filhotes de quelônios ganharam os rios da Amazônia. O trabalho é resultado do Projeto Pé-de-Pincha, desenvolvido há 24 anos pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) em 31 comunidades de Oriximiná e Terra Santa, no oeste do Pará. A iniciativa conta com a parceria da Mineração Rio do Norte (MRN). Na temporada de soltura de 2023, realizada este mês, já foram soltos mais de 58 mil filhotes em Oriximiná e mais 19 mil no Lago do Piraruacá, na Fazenda Aliança, em Terra Santa.
“O Pé-de-Pincha é um projeto de conservação de base comunitária e que vem na esteira do desenvolvimento sustentável. Então você tem uma prática que é ecologicamente correta, que permite que as comunidades que moram na região possam participar desse processo de proteção de seus recursos naturais”, explica o engenheiro agrônomo e coordenador do projeto pela UFAM, Paulo César Andrade.
Dentre os voluntários que contribuem para essa força tarefa está a empreendedora Rutineia Almeida. Ela conta que, durante os cinco anos que morou no entorno do Lago do Piraruacá, executou diferentes tarefas pelo projeto. Hoje, ela segue como voluntária e se diz grata aos conhecimentos adquiridos até aqui. “O projeto me fez crescer como pessoa. É como se fosse a minha segunda família. Eu digo sempre que o voluntário é alguém escolhido por Deus para fazer coisas que a maioria das pessoas não quer fazer. Então ele me escolheu”, afirma.
Esmeraldo Cunha é um dos primeiros voluntários da iniciativa em Terra Santa. Ele conta que um dos principais desafios foram os julgamentos por parte daqueles que consomem as espécies. “Se nós não cuidarmos hoje, eu acho que as futuras gerações vão sentir muita falta. Eu participo tanto dessa área quanto do Amazonas e eu sei que às vezes nos deparamos com dificuldades, mas isso é que nos dá força para não desistir”, relata.
Multidisciplinar
O Projeto Pé-de-Pincha já introduziu mais de 6 milhões de filhotes de quelônios na natureza, como tartarugas-da-amazônia, irapuca, tracajá e pitiús, estimulando a conservação das espécies por meio do manejo participativo. A iniciativa é ampla, abrangendo 118 comunidades de 18 municípios entre o Amazonas e o Pará.
“Cada município tem um coordenador técnico de campo e a UFAM atua na coordenação geral, tanto na parte administrativa quanto na parte técnico-científica. Então o serviço ambiental que o colaborador voluntário ou o monitor de praia prestam para o ecossistema da Amazônia é muito maior do que o trabalho da proteção de praia em si”, ressalta Paulo Andrade.
Há 17 anos como professora no município de Terra Santa, Kelen Cristina Bentes atua como coordenadora local do Pé-de-Pincha e conta que tem levado a missão do projeto para a sala de aula. “O consumo do ovo do tracajá faz parte da cultura alimentar da nossa região, por isso é muito cobiçado. Nosso trabalho de preservar esses ovos é uma questão de amor. Para sensibilizar um idoso é difícil, mas se você começar a trabalhar na base, com as crianças, é muito mais fácil. Então eu tenho trabalhado com eles que não devemos comer, mas preservar”, afirma.
Experiências
Dentre os 253 participantes que acompanharam a soltura dos filhotes estava a dona de casa Ana Lúcia Bentes. “Se não fossem esses projetos, não teríamos mais tracajás. Então, quanto mais comunidades fizerem, melhor vai ser para todos”, acredita.
“É muito lindo ver como isso tem reunido várias instituições. As comunidades, os representantes da própria mineradora e dos outros patrocinadores. Então é possível ver algo maior que qualquer coisa. É o mundo, é ecossistema”, completa a estudante Lene Ferreira.
Segundo Genilda Cunha, coordenadora do projeto Pé-de-Pincha pela MRN, a iniciativa simboliza a união, uma vez que, durante todo o ano, várias partes envolvidas se mobilizam e, de diferentes formas, contribuem para o bom andamento das atividades. “Nessa rede de dedicação, amor e esforço pela conservação do meio ambiente, todos contribuem para um território mais sustentável, uma vida em harmonia com a natureza e um despertar de um olhar diferenciado para o meio ambiente e para os sistemas interligados da biodiversidade”, destaca.
Comunitários participam de seminário sobre segurança de barragens de mineração
Programação faz parte do cronograma de atividades do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração da MRN
Apresentar orientações básicas a serem tomadas em potenciais situações de emergência está entre os objetivos do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM), da Mineração Rio do Norte (MRN). Para tornar essas informações ainda mais acessíveis aos comunitários, a companhia iniciou o cronograma deste ano dos seminários orientativos. Durante a atividade, são apresentados conceitos de barragens e reservatórios, o sistema de monitoramento da empresa, o processo produtivo da bauxita, as características do rejeito, os estudos que foram realizados para definição das áreas de risco (ZAS – Zonas de Autossalvamento) e a legislação vigente. Participam dos seminários orientativos as comunidades Boa Vista, no Alto Trombetas, e Saracá e Boa Nova, no Lago Sapucuá, vizinhas às operações da companhia, sediada no distrito de Porto Trombetas, município de Oriximiná, oeste do Pará.
“Os seminários orientativos do PAEBM, como todos os outros que MRN vem fazendo, é uma maneira de aproximar as comunidades de assuntos relacionados às barragens de mineração, levando informações de maneira clara e transparente, no que se refere ao que nós fazemos, quais os equipamentos e instrumentos que nós utilizamos, quem são os nossos auditores e órgãos que nos fiscalizam”, explica Alexandre Schuler, gerente de Geotecnia da empresa.
Há 16 anos vivendo na comunidade Boa Nova, foi a terceira vez que a professora Edenilza Albuquerque Silva participou da socialização. Para a líder comunitária, os conhecimentos repassados são fundamentais para reforçar o cuidado com a segurança, mesmo em tarefas comuns do dia a dia. “Eu acredito que essas palestras são muito proveitosas. O PAEBM tem várias informações que podemos nos aprofundar e que nos ajudam a decidir o que podemos e não podemos fazer e, mais do que isso, sabermos o que pode acontecer”, afirma.
Na comunidade Saracá, quem participou pela primeira vez do seminário foi a agricultora Silvana Evangelista. Moradora da comunidade há 10 anos, ela conta que os questionamentos dos comunitários foram esclarecidos durante o encontro. “Eu sempre tive dúvidas porque moramos próximo ao lago. Mas, depois da explicação deles de que não há riscos para nós em caso de algum problema, isso nos traz mais conforto e tranquilidade”.
Transparência
As ações dos seminários orientativos e socialização do PAEBM, ou seja, de apresentação de cada detalhe do PAEBM, iniciaram em 2019. De acordo com a analista de Gestão da MRN, Jéssica Costa, as atividades são realizadas nas comunidades mais próximas às operações da empresa. “A participação dos comunitários tem sido muito positiva. As dúvidas e o interesse das comunidades sobre o tema são fundamentais para as discussões”.
Schuler lembra que, embora não existam comunidades vivendo dentro das ZAS, a troca de informações também demonstra o interesse cada vez maior dos comunitários nas tratativas sobre meio ambiente. “Um ponto que vale a atenção é que não temos comunitários vivendo nas áreas das ZAS. Pelas análises que já foram feitas via computador, considerando os cenários mais catastróficos, não há nenhuma comunidade inserida dentro dessas zonas. Mas a preocupação dos comunitários é compreensível. Por isso, nos encontros nosso gerente de Meio Ambiente também apresenta nossos pontos de amostragem de água, por exemplo. Tanto que os comunitários já demonstraram o interesse de fazermos reuniões específicas sobre questões ambientais”, contou.
Mais informação
A MRN dispõe de uma cartilha sobre Barragens e Reservatórios de Rejeito. Nela é possível conhecer a função dessas estruturas e as tecnologias utilizadas pela empresa para o monitoramento que é feito 24h por dia. Os dados de inspeção, monitoramento, operação e manutenção são analisados constantemente por empresa contratada para a Engenharia de Registros (EdR), conforme recomendações da Resolução ANM nº 95/2022 e 130/2023 e do GISTM (Global Industry Standard on Tailings Management – Padrão Global da Indústria sobre a Gestão de Rejeitos).
O PAEBM é um documento técnico que apresenta as ações a serem tomadas em potenciais emergências. Além de anexar os estudos de simulação das rupturas dos reservatórios de rejeitos e barragens da MRN, o plano define as Zonas de Autossalvamento (ZAS). As ZAS são áreas de onde as pessoas devem sair imediatamente no caso de uma emergência de barragem, deslocando-se até os pontos de encontro, que estão fora das zonas de risco, definidos pela Gerência de Barragens em conjunto com seus auditores.
Projetos levam desenvolvimento sustentável para comunidades do Lago Maria Pixi, em Oriximiná
Iniciativas são resultado de um diagnóstico socioeconômico e produtivo realizado na região
O dia a dia na cozinha faz parte da rotina da agente de alimentação escolar Helena Sales Leal. Moradora da comunidade Espírito Santo, município de Oriximiná, oeste do Pará, ela também recorre ao ateliê de artesanato em peças de EVA para garantir uma renda extra. Foi por conta desse interesse que ela resolveu participar das formações ofertadas na comunidade pela Mineração Rio do Norte (MRN), em parceria com a Associação das Comunidades das Glebas Trombetas e Sapucuá (ACOMTAGS), por meio da empresa Florestas Engenharia.
Participam dos projetos as dezenas de famílias divididas entre as comunidades Espírito Santo, São Francisco, São Sebastião e São Tomé, no Lago Maria Pixi. “Eu decidi participar e está sendo maravilhoso. E eu vejo que os projetos ainda prometem muita coisa boa para nossa comunidade”, conta. O objetivo do trabalho é promover o desenvolvimento sustentável em equilíbrio com os saberes locais, estimulando a geração de renda, reflorestamento e segurança alimentar.
As ações foram planejadas a partir de um diagnóstico socioeconômico e produtivo realizado no ano passado, por meio de entrevistas e levantamento de dados. Diretor administrativo da ACOMTAGS, Emerson Carvalho ressalta que a boa relação da entidade com a MRN já soma quase duas décadas, e que tem o desenvolvimento sustentável das comunidades tradicionais com uma meta partilhada por ambas as partes.
“A execução desses projetos após a realização de um diagnóstico é muito positiva, porque leva em consideração os saberes locais. Se você leva um projeto a uma dada comunidade sem que haja um estudo prévio, não há como este ir adiante, porque não considera as habilidades de cada comunitário. Então, nós estamos confiantes nessas iniciativas pensadas de maneira adequada e cremos que teremos resultados satisfatórios, uma vez que o foco são os comunitários”, afirma.
Formação e Apoio Técnico
Durante o mês de fevereiro, foram ofertados cursos sobre Gestão de Propriedade Rural, Criação de Galinha e Produção de Ração e Turismo de Base Comunitária. A agente de alimentação já participou de um dos cursos e, segundo ela, foi bastante proveitoso. “Eu acredito que esses projetos podem resgatar aquilo que tínhamos esquecido, que são as nossas produções de artesanato e da roça, como a mandioca, e aproveitar seus derivados como o tucupi e a tapioca, por exemplo. Nós, enquanto comunidade, lutamos sempre pelo melhor para nossas famílias. Que tenham geração de renda, mas com uma produção que seja valorizada”, destaca Helena.
Em março, as atividades seguem com visitas técnicas, reuniões, cursos de planejamento do Sistema Agroflorestal, Bovinocultura de Corte e Atendimento e Recepção de Clientes. As formações trabalharão de maneira complementar na região por meio dos projetos de Sistemas Agroflorestais (SAFs), Sistema de Integração Criação, Roçado e Florestas (CRF) e Turismo Sustentável de Base Comunitária (TSBC).
Desenvolvimento comunitário
Um dos responsáveis pela formação nas comunidades é o professor Eduardo Lima Gomes, da Universidade Federal do Pará (UFPA), especialista em Desenvolvimento Regional Sustentável, que ministrou o curso de TSBC. Ele destaca que a multiplicidade e a integração entre os cursos permitem aos comunitários não apenas um novo olhar para estratégias de desenvolvimento, mas um sentimento de pertencer. “Os participantes aprenderam diferentes assuntos, como Modelo de Gestão, Negócios Criativos Comunitários, Empreendedorismo, Hospitalidade, Identidade, Acolhimento, Pertencimento e Desenvolvimento Comunitário. Ou seja, atributos necessários para que eles possam desenvolver suas habilidades interpessoais, ou seja, habilidades comportamentais para que eles possam ver o turismo com uma estratégia de desenvolvimento”, pontua.
Baseadas na geração de renda, qualidade de vida e uso sustentável dos recursos naturais, as formações compõem o cronograma de atividades que serão realizadas durante o ano de 2023 nas quatro comunidades. “Essa é mais uma parceria que reforça a importância do nosso diálogo com as comunidades vizinhas às operações da empresa e reitera nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável, que se constrói também por meio de compromisso como o que temos ao lado da ACOMTAGS, por exemplo”, comenta Claudia Belchior, gerente do Departamento de Relações Comunitárias da MRN.