Imprimir | Email

Reabilitação de Tanque de Rejeitos

Evolução. A palavra resume bem a técnica empregada hoje pela empresa, que possibilita a reabilitação dos tanques de rejeito – reservatórios construídos em áreas lavradas – por meio do reflorestamento.

Data de criação: 1989

Evolução. A palavra resume bem a técnica empregada hoje pela empresa, que possibilita a reabilitação dos tanques de rejeito – reservatórios construídos em áreas lavradas – por meio do reflorestamento.

Compreender a técnica utilizada na reabilitação de tanques de rejeito requer, primeiramente, o entendimento de um processo que evoluiu consideravelmente nas últimas décadas.

Ainda nos anos 80, após estudos e análises de diversas alternativas para depósitos de rejeitos do minério, colocamos em prática uma tecnologia até então inédita na mineração de bauxita: a utilização de áreas já mineradas para a deposição da argila proveniente da planta de beneficiamento.

A mudança começou quando transferimos a Planta de Lavagem do minério da área do porto para a da mina e aumentamos sua capacidade de produção. A técnica utilizada era dar um novo destino à água utilizada na lavagem da bauxita. Criamos, então, um grande lago artificial. Nesse reservatório, as partículas sólidas sedimentam e a água sobrenadante é recolhida e conduzida de volta à planta de beneficiamento, somando-se à água nova que é adicionada no processo de lavagem do minério. Ou seja, parte da água passou a ser reaproveitada. Um ganho ambiental e produtivo.

Após a sedimentação no tanque, ao atingir 35% a 40% de sólidos, o rejeito é dragado e bombeado para outras áreas já mineradas. Ali, permanece definitivamente, de modo que a água residual vai sendo eliminada aos poucos, até que haja condições para que se execute o plantio de espécies nativas.

Hoje, os tanques são menores que os utilizados na década de 80, justamente para facilitar o processo de reabilitação, que é feito, primeiramente, com plantas leguminosas, utilizando como técnica a hidrossemeadura. A finalidade é fixar o nitrogênio no solo. Num segundo estágio, a recuperação é feita com essências nativas, que serão as plantas definitivas da futura floresta. O trabalho é feito em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e com a Universidade Federal de Viçosa, responsáveis pelo monitoramento anual dos parâmetros físicos e biológicos da área.

A partir de 2011, demos outros passos significativos nesse processo, pois entendemos que a evolução tem que ser constante. Criamos o Índice de Recuperação Ambiental (IRA), que é um indicador de sustentabilidade (mede estrutura de reflorestamento, retorno de animais para o locais de origem, entre outros); incorporamos a matéria orgânica proveniente do processo de compostagem do lixo urbano, das podas de jardim e do sistema de tratamento de esgoto (lodo) ao rejeito de lavagem de bauxita; e passamos a selecionar bactérias fixadoras de nitrogênio atmosférico e fungos micorrízidos para espécies nativas da região de Porto Trombetas com potencial para revegetação de áreas mineradas.

História - Nos primeiros anos de operação da empresa, o rejeito resultante do beneficiamento da bauxita foi disposto no lago Batata, que é hoje constantemente monitorado e referência de estudos da comunidade científica sobre os princípios ecológicos para a mitigação do impacto.

Revegetação por hidrossemeadura
Revegetação por hidrossemeadura
Revegetação por hidrossemeadura