Desenvolvemos um método que intitulamos Restauração Intensiva, por meio do qual, durante o processo de supressão vegetal para preparar a área à mineração, é feito o reaproveitamento da primeira camada de solo, onde há sementes e matéria orgânica fértil. Esse material, também chamado de banco de sementes, é reutilizado durante a recomposição do terreno associado ao plantio de novas mudas. Por meio dessa metodologia, potencializamos o reflorestamento da área.

Também realizamos uma série de iniciativas voltadas à conservação nas áreas do entorno do empreendimento, que eliminam ou reduzem os impactos de nossas operações sobre o meio ambiente. Após a lavra, as áreas de minas são preparadas para receberem os plantios com espécies nativas, como seringueira, copaibeira e castanheira. Trabalhamos na recuperação contínua, ou seja, nos platôs ocorrem simultaneamente a lavra e a recuperação das áreas lavradas. Processos que visam a atenuar os impactos da mineração.

Para receber os rejeitos do beneficiamento da bauxita, utilizamos um sistema de barragens localizado em área já minerada, no intuito de não impactar novas áreas. Quando os tanques atingem a capacidade máxima de rejeitos, passam por um processo de desativação, recebendo estruturas de drenagens e plantio de espécies florestais nativas da região. A meta é que, ao fim do processo de lavra, as áreas devolvidas estejam o mais próximo possível do cenário natural.

 

O reflorestamento das áreas mineradas inicia logo após a retirada da bauxita. Todo o processo de recuperação é monitorado por um método desenvolvido na MRN e aprovado pelos órgãos ambientais. O índice de sobrevivência das espécies de plantas inseridas nas áreas em recuperação é de 90%.

Nos últimos 41 anos, reabilitamos 7.398,18 hectares, onde foram plantadas mais de 14,5 milhões de mudas de 450 espécies arbóreas nativas. 

  

Em 2019, nosso viveiro florestal produziu 689.103 mudas nativas de 80 espécies do bioma amazônico, utilizando sementes adquiridas junto às comunidades tradicionais, comunidades ribeirinhas e quilombolas, vizinhas ao empreendimento.

A indução da regeneração natural nos processos de restauração florestal é outro ponto importante a destacar. Utilizamos a camada superficial do solo orgânico (Topsoil), composto pelo banco de sementes, que é fundamental para o processo de sucessão florestal.

  

Até 2019, foram plantados 7.248 indivíduos no banco de germoplasma de Castanheira do Pará no platô Almeida, ação fundamental para o futuro das comunidades tradicionais que têm na castanha um meio de renda e subsistência, como também à riqueza da flora e fauna na unidade de conservação.

Bancos de germoplasma são iniciativas que armazenam o patrimônio genético de espécies vegetais e o projeto mantido pela MRN é o único voltado exclusivamente à conservação da Castanheira do Pará. 

Realizamos o salvamento de mais de 230 espécies de epífitas e hemiepífitas ao longo desses anos, com identificação de nove espécies novas publicadas e outras sete em processo de publicação. Na produção de mudas, 12 comunidades tradicionais são beneficiadas por meio da compra de sementes e mudas florestais.

  

Para se conhecer a dinâmica da floresta, possuímos parcelas permanentes para realizar o monitoramento da restauração florestal e da regeneração natural com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento da floresta e identificar espécies estruturantes.